quinta-feira, 14 de julho de 2011

COLUNA
Nos Bastidores da Política - Por Marcelo Araújo

Situação se perde na articulação política e oposição mira nos “contratados” para garantir vitória
Ao contrário das, pelo menos, três últimas eleições municipais, a efervescência política começou precocemente e pretende fazer muito barulho até o final. Logo após as desavenças, brigas e rompimento entre o deputado Paulo Melo e seu fiel (?) escudeiro, o ex-prefeito Peres, a coisa ficou tumultuada no mundo político Saquaremense. Como e porque eles brigaram? Perguntava o povo, sempre sem respostas. Para o deputado, Peres, era o competente, fiel e amigo de todas as horas. “Sou o que sou graças a Peres. Se não fosse por ele não teria conseguido meu primeiro mandato. Serei eternamente grato a ele por isso”. Quem nunca ouviu essas palavras vindas da boca do deputado que atire a primeira pedra. Bem, veio a separação e, logo em seguida, Dalton Borges. O também ex-prefeito que ouriçava a oposição com a seguinte frase: “A gente morre de fome, mas não se vende”. Essa era, eu disse era, a bandeira de sua comitiva. Da boca do deputado também saíram todos os adjetivos a fim de humilhar, pisotear, massacrar as campanhas políticas do Sr. Dalton. Quem não se lembra: “Pinóquio, preguiçoso, incompetente e, recordista em processos por mau uso do dinheiro público”, foram alguns deles que sempre eram engrossados pelo governador “um sete um”, “eu não gosto desse rapaz por que ele rouba”, foram algumas das pérolas no ápice eleitoral, desferidos por Cabral Filho, como se fosse um cruzado de direita na ponta do queixo. No entanto, mesmo cambaleando, impugnado e concorrendo por conta e risco, Dalton venceu. Não levou, mas venceu. De uma hora para outra Peres virou Dalton e vice-versa, dando um nó na cabeça do eleitorado.
 Por um lado, a oposição que se finge de morta, anda articulando bastante nas bases eleitorais. Por outro, o governo municipal acredita que os cargos contratados, e olha que são milhares, darão a sustentação necessária para a vitória tendo que defender com unhas e dentes suas indicações e seus salários. Recentemente, na Câmara Municipal, alguns cargos têm sido recheados de Reais, quase que dobrando conforme publicações dos Atos Oficiais. No entanto, a articulação da oposição já tem garantido aos contratados a manutenção de seus cargos caso consigam vencer as próximas eleições e, segundo comenta-se pelos bastidores, o revés será em todos os níveis. Para grande parte dos articulistas políticos na cidade a união Pedro Ricardo e Peres, seria imbatível. É só uma questão de deixar as vaidades de lado. Quem irá ceder a essa queda de braço? Sabedor dessa possível combinação altamente e politicamente possível, boatos rondam o mundo político de nossa pequena vila de pescadores na possibilidade de um acórdão em que certo deputado federal assumiria um grande cargo no Governo Estadual abrindo mão da vaga para o suplente, Pedro Ricardo, quebrando assim a possibilidade de uma união com Peres. Contudo, são só boatos. Ou não?

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