sábado, 27 de agosto de 2011


Peça-chave de central clandestina de táxi é preso
Diego Pacheco dos Santos foi preso em Cabo Frio, em um condomínio no bairro Peró; ele é braço direito do líder da cooperativa pirata.
Foi preso nesta quinta-feira (18) um homem apontado como o de confiança do chefe da central clandestina de táxi na Região dos Lagos. Diego Pacheco dos Santos foi preso em Cabo Frio, numa casa dentro de um condomínio no bairro Peró. Segundo as investigações do Ministério Público, ele é presidente da Associação dos Amigos Motoristas da Região dos Lagos e braço-direito de Clóvis Silva de Sant'ana, considerado o líder da central clandestina de táxi, que está foragido. O Ministério Público denunciou outras 144 pessoas que também teriam participação no esquema. São integrantes do grupo e funcionários que agora vão responder por formação de quadrilha, crime contra a economia popular e pelo exercício ilegal da profissão. Essas pessoas responderão em liberdade e se condenadas podem pegar até 11 anos de prisão. Elas foram identificadas através dos informações colhidas nos materiais apreendidos durante a operação táxi legal, realizada 25 dias atrás. Foram 9400 cartões de visitas, dois laptops, três computadores, celulares, além de documentação com contabilidade da organização. As investigações comprovaram que eram cinco centrais clandestinas de atendimento por telefone, que funcionavam em Cabo Frio, Arraial do Cabo e São Pedro  da Aldeia. 127 veículos irregulares atuavam neste serviço há cerca de oito anos. O esquema faturava 700 mil reais só com a cobrança de diárias de R$15 dos motoristas.
O material recolhido durante a operação de julho permitiu identificar outros integrantes da Associação dos Amigos e Motoristas da Região dos Lagos e das pessoas jurídicas Ergalim & DRC Ltda. e Prest Inform Serviços Ltda. Usadas para dar uma falsa aparência de legalidade, todas tinham o mesmo endereço e sócios em comum. A operação também permitiu chegar aos nomes dos falsos “taxistas”, acusados de fazer o transporte de passageiros sem autorização e de divulgar material de propaganda (panfletos e cartões) enganando a população.   
A denúncia ressalta que, além de induzir os usuários a erro, fazendo-a acreditar que se tratava de serviço legalizado, o modo de agir expôs os consumidores a risco na medida em que não havia controle da situação cadastral e manutenção regular dos veículos, normas de segurança ou critérios para seleção e treinamento de pessoal.  

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