segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deu no Blog do Garotinho:
Depois que negócio veio à tona construtora de deputado fecha as portas
O presidente da ALERJ, Paulo Melo, decidiu fechar a construtora PMGA, que foi criada em abril deste ano, em sociedade com Geraldo André de Miranda Santos, que vem a ser diretor e filho da dona de outra construtora, a Oriente, que vem sendo beneficiada por contratos sem licitação do governo Cabral. Mas como vocês poderão constatar em seguida, os negócios vão muito bem. A construtora PMGA foi fechada sete meses depois, coincidentemente depois que em agosto o Estado de S.Paulo denunciou a negociata. Para vocês se situarem vale a pena lerem o artigo que postei no blog, no dia 25 de agosto. Logo depois vou mostrar detalhes exclusivos sobre os negócios da Oriente e de Paulo Melo. 
A construtora PMGA foi aberta por Paulo Melo e Geraldo André de Miranda Santos, constando do capital dois terrenos de propriedade dos sócios (um de cada um) que coincidentemente ficam ao lado de onde serão feitas obras pelo governo Cabral que contratou sem licitação a empreiteira Oriente da família do sócio do presidente da ALERJ. Com certeza os terrenos já garantiram uma boa valorização. Mas o que impressiona é como a construtora Oriente vem aumentando seus negócios como governo Cabral, com as bênçãos de Paulo Melo. Até o dia 25 de outubro já tinha recebido R$ 219,9 milhões, boa parte em contratos sem licitação. Mas reparem uma coincidência, mais um dessas que acontecem com Cabral e sua turma. Vale lembrar que no final de agosto, surgiu a denúncia do Estadão da sociedade de Paulo Melo na PMGA. Este ano a Oriente até o mês de setembro faturou R$ 22 milhões. De repente Paulo Melo e o sócio, também diretor da Oriente decidem fechar a nova construtora. E olha a coincidência, em outubro a Oriente recebeu R$ 35 milhões, um salto astronômico nos negócios. E podem apostar que até o final do ano vai ganhar mais. Parece que os negócios que seriam feitos pela PMGA, depois que veio à tona a sociedade de Paulo Melo passaram para a Oriente. Mas pelo jeito está tudo em casa. 
Relembrando o caso
Cabral contrata firma cujo diretor é sócio de deputado aliado
Presidente do Legislativo, Paulo Melo constituiu empresa com filho de construtora que vai receber R$ 11,4 milhões.
De O Estado de S.Paulo
Além da Delta Construções e de duas empresas doadoras para a campanha à reeleição de Sérgio Cabral (PMDB), o pacote de 18 obras emergenciais celebrado pelo governo inclui uma construtora dirigida por um sócio do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo (PMDB) - aliado e homem forte do governador no Legislativo. Por quatro contratos, a Oriente Construção Civil vai receber R$ 11,4 milhões.
Diretor e filho de uma das donas da construtora, o empresário Geraldo André de Miranda Santos formou, em abril, uma outra sociedade em parceria com o deputado estadual. A PMGA Incorporação e Construção Ltda. tem R$ 4,5 milhões de capital social e cotas divididas em partes iguais entre Santos e Melo.
Os quatro contratos da Oriente são para obras na Região dos Lagos, base eleitoral do parlamentar: duas em Saquarema, uma em Maricá e outra em Araruama, onde fica a sede da construtora. Melo é casado com a prefeita de Saquarema, Franciane Motta. Nessa cidade, as intervenções da Oriente vão custar R$ 5,1 milhões ao Estado.
Na composição de capital da PMGA, Melo registrou R$ 1,95 milhão a partir de um terreno em Saquarema. Santos fez o mesmo, mas distribuiu os valores em cinco lotes. Pelo menos um dos terrenos fica próximo às obras.
Como o Estado revelou, as 18 obras com dispensa de licitação somam R$ 96,3 milhões e têm como objetivo concluir a reparação de danos provocados pelas chuvas de janeiro de 2010. A empresa que terá maior faturamento é a Delta Construções, de Fernando Cavendish, amigo de Cabral, com R$ 37,6 milhões.

O pacote de obras foi celebrado dois meses após o acidente na Bahia que tornou pública a amizade entre os dois. A crise política que se seguiu foi em parte estancada com ajuda de Melo. Como presidente da Alerj, cabe a ele encaminhar os pedidos de informações feitos há dois meses pela oposição - o que não ocorreu.

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