segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Atendimento médico vira caso de polícia
Estudante que se passou por médico vai parar em delegacia
Um estudante de medicina foi levado para a delegacia de Saquarema. Ele teria receitado um medicamento usando o carimbo do médico supervisor e assinado, um procedimento ilegal. Além disso, o remédio não seria o indicado para o paciente de 80 anos de idade.
O atendimento terminou em caso de Polícia. Sandra registrou tudo na delegacia de Saquarema. Segundo ela, foi com o pai a um posto de urgência da cidade, mas não conseguiu medicamento. Foi encaminhada para um hospital em Bacaxá. Recebeu a receita de um homem que se dizia médico, mas quando o pai ia receber o remédio, ela foi alertada por uma auxiliar de enfermagem.
Diante do erro apontado pela auxiliar, ela voltou ao suposto médico. Descobriu que, na verdade, o pai tinha sido atendido por um estudante de medicina. Segundo Sandra, o estudante não era supervisionado por nenhum profissional formado. Foi aí que o bate boca começou. Segundo informações da própria, o estudante rasgou a receita e a ofendeu.
Na unidade, procuramos pelo suposto médico e pela chefia do hospital. A balconista informou que o estudante estava atendendo e que ninguém poderia falar com a equipe porque a fila de atendimento estava grande. Fila que, aliás, irritou quem queria passar por uma consulta na noite de segunda (10).
Na delegacia, a informação é que foi aberto um inquérito. O estudante de medicina que teria prestado atendimento e assinado a receita em nome de outra pessoa é suspeito de falsidade ideológica, ameaça e injúria.
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura de Saquarema informa que também vai investigar o caso. A secretaria de Saúde vai abrir um inquérito para investigar e punir possíveis responsáveis. Para D. Sandra, que terminou o dia sem conseguir atendimento para o pai, sobrou a sensação de desrespeito.
O estudante pode responder pelos crimesde falsidade ideológica, injúria e ameaça. Fizemos contato com a assessoria de imprensa da prefeitura de Saquarema, mas o secretário de Saúde não foi localizado para falar sobre o assunto.

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