terça-feira, 19 de julho de 2011

Lei das sacolas plásticas não ‘pegou’
Em Saquarema é raro ver clientes com sacolas retornáveis. Além disso, os supermercados também colocam, através de seus "encartes", toneladas de papel não biodegradável e de difícil reciclagem.
No aniversário de um ano da Lei das Sacolas Plásticas, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou a meta de, em dois anos, dobrar o índice de redução de sacolas plásticas distribuídas a consumidores, de 25% para 50%.
Está em vigor há um ano a Lei das Sacolas Plásticas, que visa conscientizar a população sobre a substituição das sacolas descartáveis por sacos reutilizáveis, à base de plástico resistente, pano ou fibras, que possam ser usadas até pelo menos 20 vezes. Por conta da data, que desestimula, sem proibir, o uso de sacos plásticos no Estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado do Ambiente, vem realizando vistorias pelo cumprimento da lei, em supermercados no Estado, entregando panfletos informativos e sacolas retornáveis para os consumidores. A operação tem como proposta mostrar à população a importância da diminuição desses produtos que fazem mal ao meio ambiente. Em Saquarema, os supermercados já apontam uma melhora em relação à substituição das sacolas, mas afirmam que muitas pessoas precisam se conscientizar sobre o uso correto dos sacos. “Muitas estão aderindo, mas algumas pessoas insistem em usar às sacolas plásticas. É até um exagero um pouco, às vezes é um item só que as pessoas compram e querem colocar em duas sacolas. Mas temos bastantes pessoas sim aderindo, até por causa do desconto”, explicou a Auxiliar de Fiscal do supermercado visitado por nossa equipe. Para estimular os consumidores a aderirem à substituição das sacolas, a lei prevê descontos em um determinado número de produtos adquiridos na loja, para os clientes que levarem a sua sacola retornável. “A cada cinco itens que a pessoa passar no caixa e conseguir colocar na sacola, são três centavos de desconto. Então para quem faz uma compra grande, no final esses centavos fazem uma boa diferença. Essa é a promoção que nós trabalhamos, igual a todos os supermercados, prevista na lei”, afirmou Gisele.
Em relação às vistorias realizadas pela Secretaria de Estado do Ambiente, que por enquanto só estão sendo feitas na capital, Gisele disse que vai ajudar a conscientizar a população para que use as sacolas e bolsas reutilizáveis, que possuem um gasto menor e ajudam na conservação do meio ambiente. “Acredito que quanto mais bater nessa tecla, de que a sacola plástica não é boa para o meio ambiente e tem outras sacolas que são bem melhores e têm como serem reutilizadas, as pessoas vai acabar se conscientizando sim”, finalizou.
A Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, a Asserj, divulgou dados que mostram que desde a regulamentação da Lei das Sacolas Plásticas, em 15 de julho de 2010, houve uma redução do consumo das sacolas descartáveis, de cerca de 600 milhões de sacos das 2,4 bilhões distribuídas anualmente.

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