Coluna: Nos Bastidores da Política
Marcelo Araújo
A farra franca
Anunciada em 2010 a remodelação do molhe da barra franca e a nova dragagem na Lagoa de Saquarema ainda não sairam do papel.
Anunciada em 2010 a remodelação do molhe da barra franca e a nova dragagem na Lagoa de Saquarema ainda não sairam do papel.
Deu no O Globo em 16/12/2010. Em Saquarema, o governo estadual vai construir um aterro sanitário em uma área de 258 mil metros quadrados a ser desapropriado em Bicuíba, segundo distrito do município. A estrutura também receberá lixo de Araruama e Silva Jardim.
— Calculamos uma capacidade de 200 toneladas de lixo por dia para que o aterro sanitário tenha vida útil de 30 anos. A obra deve começar no início de 2011 e terminar em seis meses — informa Gilmar Magalhães, secretário municipal de Meio Ambiente.Um dos principais pontos turísticos do município, a Lagoa de Saquarema será revitalizada também com verbas estaduais. O projeto inclui a segunda fase de sua dragagem, entre as pontes Darci Bravo e do Girau, assim como a reestruturação do molhe de pedra da Barra Franca, que se moveu durante as ressacas. Os trabalhos devem terminar em meados do ano que vem. (leia-se junho de 2011).
Como podemos observar, nem tudo que se publica acaba concretizando-se. Na questão da barra franca a coisa se complica ainda mais. Nada, nenhum engenheiro, matemático ou físico vai me convencer que um amontoado de pedras transportados por caminhões e jogados mar adentro servirá de solução definitiva para o problema. A força das ressacas que atingem o litoral é tão grande que o molhe acaba cedendo. Para se ter uma idéia, no nordeste, aonde obras semelhantes foram feitas, as pedras chegavam em embarcações conhecidas como chatas e eram cinco vezes maiores que o tamanho dos caminhões que transportaram as pedras para a obra em Saquarema. Isso sem contar que por lá as ressacas não chegam nem perto de como as por aqui. É inegável que a obra em Saquarema salvou a lagoa, porem, essa segunda intervenção que está para acontecer, mesmo atrasada, merece atenção especial para não se repetir o mesmo erro e transformar a solução de um problema em um incidente ecológico.
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